O longa-metragem
TOTTO-CHAN: A MENINA NA JANELA 窓ぎわのトットちゃん estreia na próxima quinta-feira, 09 de
outubro nos cinemas. O anime tem a distribuição é da Sato Company.
Na
história, “depois de ser expulsa de uma escola tradicional por ser considerada
"problemática", Totto-chan, uma menina hiperativa de 7 anos, é
admitida na Tomoe Gakuen, instituição cujo método de ensino permite que as
crianças sejam mais independentes.
Em
meio à atmosfera de insegurança provocada pela entrada no Japão na Segunda
Guerra Mundial, o ambiente de liberdade e os fortes laços que ela desenvolve
com o diretor da escola e com Yasuaki, um colega com poliomielite, Totto-chan
aprende valiosas lições sobre solidariedade, empatia e responsabilidade.”
A
história de Totto-chan é baseada na infância da atriz e apresentadora de TV
japonesa Tetsuko Kuroyanagi, que já era uma personalidade nos anos 1970.
Naquela década, ela ficou preocupada com a notícia de que a evasão escolar
aumentava muito no país. Prontamente, decidiu escrever as memórias de sua
infância para tentar incentivar a volta dos alunos às instituições de ensino.
A história foi publicada em capítulos numa
revista feminina e em 1981, estes capítulos foram reunidos num livro que virou
um fenômeno de vendas e passou a ser adotado em escolas de educação fundamental
como material didático.
Apesar
de Totto-chan ter uma cara infantil, com traços muitos fofos, o fato que é não
é exatamente um filme para crianças. Os pequenos podem assistir, mas existem
dimensões na história que são melhores compreendidas pelos adultos. Também traz
uma inocência das relações humanas que existia naquele período histórico, mas
que se perdeu na atualidade.
Um ponto que chama a atenção é a “mea culpa”, mesmo que sutil, da presença do Japão na Segunda Guerra. Certamente é um tema muito complicado para o país falar do conflito, mas percebe-se em algumas entrelinhas a percepção de muitos japoneses com o fato. Quem melhor do que uma pessoa consagrada para falar com certa propriedade sobre o assunto?
O anime é vencedor do prêmio especial no Festival de Annecy - um dos mais importantes da animação -, e indicado ao Prêmio da Academia Japonesa de Cinema na categoria de melhor animação do ano. Mereceu o certo destaque recebido, seja pelo argumento / roteiro, seja pelo visual.
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