Evento CCXP 2025


O CCXP 2025 é um maior evento geek do mundo e este ano deve manter os bons números de público e dinheiro. Diferente de edições anteriores, esta resenhista foi somente em um dia da convenção. O motivo é simples: Ao longo do ano, não pareceria que haveriam muitas atividades tão interessantes quanto em anos anteriores.

E, no final, foi isso que aconteceu um pouco. O CCXP cresceu de forma avassaladora na onda dos super-heróis, especialmente da Marvel e Star Wars.  Dai, houve o ápice com Vingadores Ultimato em 2019. Veio a pandemia e o evento conseguiu se manter muito forte em 2022 com muitas atrações e diversos estandes.


Mas, daí ocorreu a primeira grande perda em 2023: a Disney não levou seu estande – e consequentemente suas ativações - que era uma das grandes atrações. O impacto da presença da empresa era tão grande, que o sábado era dedicado às obras da casa do Mickey. De lá para cá, não houve mais a presença da Disney. Somente em alguns painéis. E este ano, com uma loja dedicada a Pixar. 

A segunda empresa a deixar de ter estande foi a Netflix. Responsável por uma presença absurdamente marcante em 2022, Netflix não levou sua presença em 2024 e este ano. Se tivesse aparecido, teria causado grande impacto, já que o hit geek do ano é justamente dela: Guerreiras do k-pop.



Agora em 2025, outras ausências foram muito sentidas: Studio Universal (que já não fora antes), SBT e Globoplay. Nos 10 anos do streaming da “Plim Plim” só houve painéis. E tudo isso leva a outro ponto. Houve algumas presenças adicionais, como X Grok, Cielo, Seara. Mas, estas companhias são marcas de produtos, não são produtoras. Levaram experiências e não personagens ou obras.



E, para quem visita o CCXP há anos, isso incomodou. Porque o evento este ano trouxe experiências e não obras. Mesmo empresas como Amazon Prime tem levado o “mais do mesmo”. Um outro estande de The Boys, uma coisa e outra nova. A gente fica com a impressão de “déjà vu”.

Por ter títulos novos e impactantes que são lançados a cada temporada, quem trouxe o melhor estande foi o Crunchyroll. Foram atividades interativas, com especial atenção ao estúdio de dublagem e, para nós, Diários de uma Apotecária. Apresentou episódios de animes que estrearão no próximo ano e isso é sempre muito positivo. A editora JBC levou um estande muito bonito. Nem foi possível entrar na Panini, que estava muito cheia.



O evento consegue fazer uma estrutura arquitetônica interessante. Mas para quem visita o CCXP há anos, ficou latente os grandes espaços em branco em diversos locais, especialmente na área Cosplay, Palco Universe e na área medieval. Deu para sentir a falta do que em anos anteriores haviam estandes.

A ausência de algumas empresas nos faz pensar qual o impacto para elas do CCXP. Aparentemente, não estava agregando algumas produtoras de filmes, animações, novelas. Netflix, por exemplo, parece mais focada em fazer licenças de suas obras, o que pode ser mais impactante para a imagem dela.

E, para o consumidor de “velha guarda”, faltou alguma “coisa” neste ano. Talvez, mais estandes de conteúdos e menos empresas vendendo duas marcas. Certamente, vale a pena ir em um ou dois dias.  Contudo, não mais que isso. Talvez o evento esteja tão focado em sua expansão para outros mares, que esqueceu um pouco da própria casa. O evento continua bom, uma grande festa. Porém, não mais extraordinário. Esperando pelos retornos o CCXP26.

 

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