Rosa de Versalhes (2025)

 

A Rosa de Versalhes, também conhecido pelo título japonês Versailles no Bara  ベルサイユのばら é a mais recente adaptação de um dos maiores clássicos dos mangás shoujos da autora Riyoko Ikeda (lançado no Brasil pela editora JBC). Este longa-metragem chegou aos cinemas japoneses em janeiro de 2025 e desde abril está disponível pelo Netflix.

A história tem como pano de fundo a Revolução Francesa. Traz as aventuras de Oscar François de Jarjayes. Ela, a filha mais jovem do Conde Jarjayes, foi criada como homem para satisfazer o desejo do pai. Oscar sempre teve a companhia de André Grandier, seu pajem e fiel amigo.

Ela se torna capitã da Guarda Real de Maria Antonieta, princesa austríaca e futura rainha da França, casada com o príncipe herdeiro Luís XVI, mas tem Hans Axel von Fersen como seu amante. A partir daí se iniciam as aventuras e romances em A Rosa de Versailles.

É meio complicado tentar reduzir um mangá com 10 volumes originais em um filme de duas horas. Muita, mas muita informação e personagens relevantes ficaram de fora. Para quem não conhece nem mangá e nem o anime da televisão dos anos 1970, pode ter achado normal. Mas, para quem conhece, ficou um gosto de falta de sabor. Grande parte do título foi um musical. E é justamente a melhor parte do filme, a histórias dos dois. Mesmo as mudanças fizeram sentido.

Basicamente, toda a parte que diz respeito ao relacionamento de Maria Antonieta e Fersen. Talvez tenha sido necessário para dar mais agilidade aos acontecimentos. A segunda parte, mais focada em Oscar e André, tem bem menos músicas.

A ideia geral deste filme foi somente boa. Uma homenagem “ok” para o mangá que fez seus mais de 50 anos e é um dos shoujos mais queridos da História. Certamente é melhor que o filme do diretor francês Jacques Demy de 1978. Os atores eram franceses, o capital japonês e filme era  falado em inglês. 

Porém, nada excepcional. Ficou claro mesmo o visual bonito, cenários bem feitos não salvam uma obra. A Rosa de Versalhes, para ser totalmente compreensível, ou tem que ser o mangá ou um anime televisivo com pelo menos duas temporadas. Quando a versão dublada: ficou somente boa também. Meio sem alma, tal qual o anime no geral.


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