Back Street Girls: Gokudols

 

Não é possível mensurar qual foi o primeiro anime sobre a yakuza com tom de deboche devido ao grande número de produções, mas certamente Back Street Girls: Gokudols バックストリートガールズ deve ter sido um dos primeiros títulos.

O anime foi lançado em 2018, três anos antes de Gokushufudou. Baseado no mangá de mesmo título, o anime teve somente 10 episódios. Curiosamente, tanto Back Street Girls: Gokudols como Gokushufudou foram dirigidos por uma mulher: Chiaki Kon.

A história traz três membros da yakuza que cometem um grave deslize. O chefão dá a eles duas escolhas: serem escartejados e depois mortos ou... se tornarem idols, lindas estralas da música. Mas claro, para isso, teriam que fazer uma cirurgia de troca de sexo. E assim surge um grupo de cantoras nada convencional.

Talvez por ser da mesma diretora, há muitas similaridades visuais com Gokushufudou. É um estilo diferente que funciona bem. O forte da obra é justamente o caráter nonsense da história. Na época da produção poderia ser somente uma história muito louca. Mas, os anos passaram e hoje temos Oshi no Ko, que fala justamente do universo das idols.

Algumas situações ali pareciam exageradas. Mas, no final, quem sabe a história já que fosse algum “grito de socorro” para as jovens cantoras? Difícil fazer confabulações sobre o fato, mas a ideia talvez seja esta: o tipo de abuso que existe no entretenimento não é muito diferente dos abusos que acontecem na yakuza. Aos menos, hoje, cinco anos depois da estreia, é a ideia que fica.

 


Por ser uma história sobre a máfia japonesa, as falas não são nada bonitinhas. Tanto que a dublagem brasileira é carregada de palavrões.  Bom trabalho da versão brasileira feita no estúdio VoxMundi. Certamente, uma experiência interessante e diferente aos artistas.

Para quem curte um humor carregado, Back Street Girls: Gokudols é um título bem agradável a ser visto. Está disponível no streaming Netflix, que além de exibir o anime, também foi co-produtor.

Postar um comentário

0 Comentários